terça-feira, 7 de outubro de 2014

Introdução

              Olá, pessoal. Mais um período começa e com ele inicia-se os nossos trabalhos nos blogs de bioquímica. Pois bem, vamos discutir nesse aqui os fatores que influenciam nos preços dos exames laboratoriais.


        Todos nós já nos deparamos com diferenças entres valores de um exame dependendo do laboratório que vamos e também do lugar que estamos, diferenças que às vezes chegam a assustar. De modo geral, os fatores que influenciam nessa diferença vão desde os impostos cobrados em cada exame até o grau de automação do processamento dos exames por cada laboratório, além da qualidade das substâncias usadas para as reações bioquímicas realizadas.
             Sempre que   compramos algo para consumo os impostos estão embutidos no preço do bem adquirido e isso não é diferente para os exames laboratoriais. Os laboratórios, assim como as lojas, têm que pagar impostos ao governo para manterem-se funcionantes e esses valores são repassados aos clientes por meio de acréscimo no preço dos exames.
             No caso da qualidade do laboratório, a qualidade dos reagentes utilizados bem como a automação do processamento do exame também influenciam nos preços. Quanto mais automático o processo mais aparelhos de preço elevado serão utilizados e esses aparelhos geralmente possuem os preços de manutenção e calibragem muito alto, o que também é repassado para os clientes. Ou seja, quanto mais moderno é o laboratório maior serão os preços dos exames realizados nele, pois melhores máquinas apresentam mais precisão e exatidão e com isso são mais caros no mercado.
               No decorrer das próximas postagens irei entrar em detalhes sobre esses fatores que modificam tanto os preços dos exames de um lugar para outro.
                 Convido-os a não deixarem de acompanhar as próximas discussões. 

7 comentários:

  1. O valor do exame também é resultado do profissional capacitado para o fazer, a exemplo de uma punção lombar, que apesar do risco não requer tanto conhecimento, mas necessita ser feito pelo médico, o que torna o exame bem mais caro devido ao preço cobrado pelo médico para fazer o procedimento. É interessante entender que o exame é a renda do laboratório e que eles são fixados de acordo com a demanda e oferta. Um exame corriqueiro como de sangue certamente obedecerá a essa lógica, diferente de um exame que só um laboratório especifico consegue fazer, o que normalmente será mais caro.

    ResponderExcluir
  2. Como foi frisando na postagem, é enorme a diferença entre preços de exames idênticos feitos em laboratórios diferentes. O que pode ser decorrente devido ao uso de máquinas mais precisas e exatas. Mas alguns vezes esse fato pode ser uma manipulação do laboratório para aumentar os preços do exames. Por exemplo, existem exames, como de glicose em jejum, que uma diferença em 100 e 100,02 é mínima e não decorre em diferenças na hora de diagnosticar o paciente. Pois bem, existem laboratórios que cobram mais, porque suas máquinas são mais sensíveis, porém, como visto no exemplo anterior, essa sensibilidade pode ser desnecessária. Cabe então ao governo fiscalizar e evitar abuso por parte de alguns laboratórios.

    Referência:
    http://www.anvisa.gov.br/hotsite/segurancadopaciente/documentos/rdcs/RDC%20N%C2%BA%20302-2005.pdf

    ResponderExcluir
  3. O uso de exames é fundamental na prática médica. Eles servem para confirmar uma hipótese levantada pelo médico diagnosticador. Ou seja, não podem ser usados como levantadores de hipóteses, mas como confirmadores delas. Infelizmente usa-se absurdamente os exames laboratoriais como diagnosticadores. É atrelado à maquina o papel do médico. Sendo assim, é criado uma linha de pensamento que relaciona máquinas modernas a melhores diagnósticos. O resultado é uma procura absurda por exames mais modernos e consequentemente, mais caros. O problema maior é que muitos diagnósticos poderiam ser feitos com apenas exames físicos e um aparelho rudimentar, custando muito menos.

    ResponderExcluir
  4. Assuntos que relacionam recursos monetários e saúde são sempre polêmicos. Muito se debate sobre se é ou não justo incluir impostos em um direito inalienável do cidadão como é a saúde. É inadmissível que um paciente perca a vida por não conseguir realizar um exame caro que comprovaria certo diagnóstico. O diagnóstico da infecção pelo HIV, por exemplo, é feito através de testes divididos em dois grupos: os testes de triagem e os testes confirmatórios. O teste de triagem é o Elisa, que é um teste de anticorpos relativamente barato. Cerca de 80% dos exames ELISA positivos são seguidos por um exames Western blot negativo e, conseqüentemente, considerados como falso positivo. Esses dois exames custam, em média, 140 reais. Mas existe ainda o teste Teste de PCR quantitativo para o vírus HIV, que utiliza material genético e custa acima dos 250 reais, ou seja, é inviável para boa parte da população brasileira.

    ResponderExcluir
  5. Infelizmente, os laboratórios seguem uma lógica capitalista como outro comércio, o lucro ainda está em primeiro plano. O alto valor agregado advém da escolha de bons materiais e da necessidade de aparelhos de alta precisão sim, mas também como o João Marcos abordou bem, a lei da oferta e da procura influi bastante no preço do exame, se vários laboratórios fazem um determinado tipo de exame, certamente seu preço diminui. A ainda um segundo fator que fazem muitas vezes as pessoas associarem exames caros a exames seguros, serve muitas vezes como um marketing p empresa.

    ResponderExcluir
  6. É inegável o fato de os laboratórios buscarem, incessantemente, o lucro. No Blog Lei das Patentes, no período passado, ficou provado que eles visam, muitas vezes, mais ao lucro que ao bem estar da população. Essa lógica se repete, não só com a produção de medicamentos, mas também com o alto valor agregado aos exames laboratoriais. É importante saber escolher um laboratório eficaz e de qualidade, mas que não explore exageradamente o paciente.

    ResponderExcluir
  7. O que parece mais irracional no preço dos exames laboratorais é que exames comuns e de importância de amplo diagnóstico do metabolismo, que deveriam ser mais barateados, às vezes têm um custo que os torna inacessível para pessoa de menor renda. Um exame de curva glicêmica, por exemplo, pode custar R$125,00 (dado retirado do Laboratório Fehling, RJ. Site: http://www.fehling.com.br/exames.php?busca=c). Isso leva a pensar na fronteira entre promoção de saúde e lucro a qualquer custo. De fato, o exame parece ter que atender ao lucro do empresário e aos impostos governamentais, subjugando o paciente.

    ResponderExcluir